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Atividade Física / Alimentação / Álcool / Tabaco / Obesidade

Pesquisas recentes comprovaram os benefícios de uma alimentação saudável e centrada na manutenção do peso normal, refletindo-se mesmo numa maior eficácia do tratamento sintomático do aumento da próstata.

Os resultados dos estudos realizados até à data sobre a relação entre o estilo de vida, a alimentação e o aumento da próstata, apresentaram resultados contraditórios, enquanto a relação entre o estilo de vida e a intensidade dos sintomas gerados pela próstata aumentada gera resultados mais conclusivos.

 

Alimentação

Pesquisas recentes comprovaram os benefícios de uma alimentação saudável e centrada na manutenção do peso normal, refletindo-se mesmo numa maior eficácia do tratamento sintomático do aumento da próstata.
Alguns alimentos podem ter uma ação irritante e aumentar a componente inflamatória do aumento benigno da próstata: é aconselhável consumir com moderação enchidos, comidas demasiado temperadas, especiarias, pimenta, pimentão, gorduras saturadas (que vêm de carnes vermelhas grelhadas, queijos e fritos), bebidas com alto teor de álcool, café e frutos do mar.
A alimentação deve favorecer o trânsito intestinal, uma vez que tanto a obstipação como a diarreia podem piorar a sintomatologia; é, por conseguinte, preferível optar pela ingestão de comidas integrais, bem como frutas e legumes da época, sendo igualmente necessário beber 2 litros de água por dia.

 

Obesidade

Os estudos realizados até à data demonstraram uma correlação entre a obesidade e o aumento do volume da próstata, tanto em termos de Índice de Massa Corporal (IMC), como em termos de Índice Cintura-Quadril (obesidade abdominal ou androide).
Muitos estudos evidenciaram uma correlação entre a obesidade e os LUTS (do inglês “Lower Urinary Tract Symptoms”), distúrbios do trato urinário inferior associados ao aumento da próstata.

 

Álcool

O consumo moderado de álcool (um copo de vinho à refeição) pode ter efeitos positivos. No entanto, as bebidas com um alto teor de álcool e a cerveja (o lúpulo), devem ser evitadas, uma vez que podem favorecer a congestão da próstata e resultar num aumento de tamanho.

 

Tabaco

Não existe atualmente qualquer correlação evidente entre o aumento benigno da próstata e o tabagismo. No entanto, é sempre aconselhável abandonar este hábito, podendo este agravar implicações patológicas existente.

 

Atividade física 

Permanecer sentado por muito tempo é prejudicial e pode piorar a sintomatologia. Se o trabalho obriga a longas horas de trabalho em frente à secretária, ou a viagens longas de carro, é possível contrariar o sedentarismo com a realização de intervalos, em que o doente pode levantar-se e “esticar as pernas”. A atividade física é benéfica, mas é preciso saber escolher o desporto apropriado. Por exemplo, é melhor não andar de bicicleta excessivamente. Tal atividade pode, efetivamente, causar traumatismos que afetam todo o pavimento pélvico, irritando assim a próstata e aumentando o risco de inflamação da mesma (prostatite) nos sujeitos mais propensos, podendo ainda provocar distúrbios adicionais que pioram os existentes. Pela mesma lógica, deve igualmente ser evitado andar de mota e o desporto de equitação. Longas caminhadas são aconselhadas.

 

Não bata muito na mesma tecla...

Estudos experimentais demonstraram que os homens que realizam atividade física moderada e regular apresentam menos sintomas que os sedentários, sendo, no entanto, aconselhável evitar a prática de modalidades de desporto mais pesadas ou a prática desportiva meramente ocasional. O sedentarismo durante toda a semana, seguido de corridas ocasionais de 2 ou 3 horas ao domingo não é saudável. Se, por motivos de tempo, não for possível frequentar regularmente um ginásio, podem ser adotados pequenos hábitos diários que fomentam o movimento. Escolhas como sair uma paragem antes do autocarro, estacionar o carro um pouco mais longe do destino ou evitar os elevadores e optar pelas escadas podem fazer toda a diferença (desde que não tenha consigo sacos de compras pesados).
Os homens que sofrem de aumento da próstata tendem a reduzir a sua atividade física, devido aos sintomas. No entanto, a prática de uma atividade física regular melhora os distúrbios urinários, enquanto o tónus da musculação lisa da próstata é reduzido.

 

 

 

Fontes

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Parsons JK. Modifiable risk factors for benign prostatic hyperplasia and lower urinary tract symptoms: new approaches to old problems. J Urol.2007;178(2):395-401

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